A IGREJA EM COMUNHÃO COM O ESPÍRITO

I Coríntios 13:13,14 contém as palavras que se tornaram a tradicional “bênção apostólica”: “A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam com vocês agora e para todo o sempre”.

Esses três elementos são igualmente indispensáveis à igreja: graça, amor e comunhão. Sem a graça não nos seria possível ter acesso a Deus, ela é que nos alcança em nossos pecados e nos perdoa. Sem o amor do Pai a graça não teria chegado até nós: foi seu amor que nos abriu as portas para o perdão. E a comunhão do Espírito, o que tem a ver com nossa salvação e vida com Deus? Tudo. Absolutamente tudo.

É o Espírito Santo que nos convence do pecado, da justiça e do juízo. Esse é o começo de nossa vida com Deus, em Cristo. Lá, bem no começo, está o Espírito falando ao nosso coração e nos fazendo entender o quanto estávamos longe de Deus. A obra de restauração em nossa vida só é possível porque o Espírito está entre nós e está em nós. Foi isso que Jesus prometeu aos apóstolos em João 14: “Eu rogarei ao Pai e ele enviará outro ajudador, que estará para sempre com vocês… em vocês.”

Essa presença é indispensável. No Velho Testamento o Espírito Santo não era um dom permanente. Profetas ou líderes recebiam sua presença e influência conforme a necessidade para ter orientação, realizar obras de poder, revelar coisas que eram vontade de Deus ou iriam acontecer, inspirar para falar e escrever as palavras de Deus para o povo. Já no Novo Testamento, na vida de Jesus, o Espírito veio sobre ele e “permaneceu”, para que ele, humano apesar de ser o Filho de Deus, fosse capacitado a realizar tudo que realizou (João 1:32). Que dizer então de nós? Precisamos que o Espírito esteja permanentemente conosco, como Jesus prometeu em João 14.

Manter a comunhão com o Espírito Santo é nossa responsabilidade, como filhos de Deus. A palavra nos faz algumas advertências:

1 – Não entristeçam o Espírito (Ef 4:30) Ele habita em nós. Nossa indiferença à sua presença pode entristecê-lo. Nossa carnalidade pode entristecê-lo.

2 – Não apaguem o Espírito (1 Ts 5:19) Não “joguem água” no fogo do Espírito que habita em você, filho de Deus. Deem ouvidos à sua voz e obedeçam. Não fujam de sua orientação, dando primeiro lugar às coisas deste mundo e da carne.

3 – Não tentem o Espírito (At 5:9) Não confrontem as orientações do Espírito nem tentem “dribá-lo”, fazendo de conta que estão fazendo a vontade de Deus… Ele não é enganado!

4 – Não resistam ao Espírito (At 7:51) A voz suave de suas orientações, através da Palavra ou da voz profética que se apresenta, deve ser seguida. Os judeus foram acusados por Estêvão de ter resistido, ou seja, de não fazer o que Ele lhes revelava.

5 – Não mintam ao Espírito (At 5:3) Parece absurdo querer enganar aquele que tudo sabe, tudo conhece… Mas o coração humano, enganoso, às vezes pensa que pode “passar a perna” no Espírito Santo e “fazer de conta” que está obedecendo.

6 – Não insultem o Espírito (Hb 10:29) Deus está falando ao seu coração e você, além de não dar ouvidos, tenta aliviar sua consciência atribuindo à carne ou ao diabo o que pastores e mestres estão tentando lhe ensinar. O crente em comunhão com o Espírito reconhece a voz que lhe fala.

Num relacionamento podemos ser indiferentes, resistir, desobedecer, ignorar… O Espírito fala conosco e falhamos em lhe dar a resposta adequada. Todo bom relacionamento depende de investimento. Invista tempo, dedicação e boa vontade para relacionar-se com o Espírito Santo de Deus.

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